Alguns sim, outros não.
Alguns inventam um mundo particular, uma personalidade particular, uma maneira de acalmar sua consciência e vegetar, sempre se colocando à margem das necessidades dos demais seres humanos. Estes não são honestos, nem mesmo no íntimo de seu ser. Tem condições de melhorarem a si mesmos e aos demais, e não o fazem. Percebem que a situação não é a mais indicada e permanecem passivos. Vão vivendo à espera de um milagre, quando sabem que podem se tornar os fazedores de milagres. Tem o potencial para tanto, estão próximos ao despertar e persistem em continuar adormecidos. São semiconscientes. Não são honestos, pois pensam que estão fazendo algo de bom, quando deveriam fazer melhor. Tolos, enganam-se.
Outros estão mais distantes ainda. A realidade imaginária os absorveu de tal forma, que ainda não vislumbram sequer a possibilidade do despertar. Acreditam tanto que seu comportamento absurdo é o mais adequado, que espezinham crendo estar com isso melhorando o ambiente ao qual estão integrados.
A cada dia que passa, mais sabemos acerca do universo e do nosso relacionamento com o mesmo. A cada instante perguntas são respondidas e cobram uma decisão a respeito. Nosso comportamento, nosso pensamento, nossos ideais, vão e vem, tal qual as ondas do mar, às vezes de maneira violenta, outras de maneira calma e serena.
Podemos ser honestos, pelo menos conosco. Os pensamentos ainda não são percebidos pelos terceiros que conosco convivem, ao nível da consciência objetiva. Intimamente podemos zelar para descobrir nossos verdadeiros sentimentos sobre as coisas e as pessoas à nossa volta, e ao depois, cientes da verdade, realizarmos as modificações necessárias em nossa maneira de pensar e conseqüentemente de agir.
Ser honestos é uma das tarefas mais difíceis para o homem comum. Bombardeado que é, por um sem número de impressões sensoriais, e extra-sensoriais, através da captação dos sistemas nervosos cérebro-espinal e autônomo, o mesmo se perde em pensamentos do seu próprio ser e outros que lhes afetam o nível consciente.
Saber que deseja algo e que o referido desejo não é o ideal para ser satisfeito, é estar a um passo de ser honesto consigo mesmo. Quando conseguirdes entender-se perfeitamente, estará atingindo o ideal da honestidade.
Ser honesto com relação aos demais, conforme teus pensamentos é solicitar a antecipação da transição (morte). Muitos ouvidos não estão preparados para o nível vibratório da verdade, que carrega em seu bojo, amor e justiça.