Quando o homem desvendar a maioria dos mistérios do universo, pois talvez seja incapaz de desvendá-los a todos, provavelmente chegará à conclusão de que tudo não passa de um grande sonho; de que os males do mundo, são apenas aparências e de que as grandes diferenças pessoais entre os homens, como inteligência, corpo físico, bondade ou maldade, pertencem a um conjunto que terá vigência temporária, destinado certamente a extinguir-se, para dar lugar a algo que transcende o atual estado de coisas.
Afirmei linhas atrás que seremos perfeitos. Tenho comigo que esta é a destinação final da humanidade, pois me parece é sua origem, ou seja, o seio de Deus.
Temas como imortalidade, carma, destino, deficiência física e mental, serão por todos conhecidos e dominados. À medida que avançar em seu progresso mental, o homem tenderá a progredir psiquicamente, pois pertence mais a este reino, ao reino que não é deste mundo, do que ao mundo da matéria.
Penso já ter respondido a questão, pois pela mente dos leitores, a resposta sábia e segura, já deve ter surgido, bem como a certeza de que é a correta.
Se somos imortais. Se os que nos ferem, fazem-no apenas em nosso corpo físico, se as doenças, a morte, o extermínio, é um conjunto podemos dizer até, de ilusões, originados do fato do homem ter se esquecido de sua origem divina, pergunto-me: “Há um motivo real para sermos violentos e egocêntricos”. “Há um motivo real para desprezarmos os nossos semelhantes, por não serem inteligentes ou por serem deficientes fisicamente”.
“Há razão para revides, se somos imortais”.
“Há razão para raiva, rancor, se alguém nos subtrai algo no mundo material, se este é efêmero e transitório”.
Naturalmente que não.
Mas os homens, no intimo do seu ser, dentro de seus corações, local onde se convencionou como a sede dos sentimentos, desconhecem o óbvio: a imortalidade e a não existência de diferenças humanas, nem de acúmulo de riquezas, em face dessa imortalidade.
Para aquele que transcender as limitações da matéria, está reservado o néctar dos deuses, pois para este não haverá conflitos, não haverá dor, não haverá propriedade, não haverá tempo, não haverá espaço, não haverá ciúmes, não haverá diferenças.
Para os que transcenderem as limitações da matéria, haverá somente PAZ e PODER, que são os prêmios pelo conhecimento e conseqüências do RETO PROCEDER.