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A Alma-Pai


Não é o Deus Infinito que forma os sistemas solares e fomenta a evolução da vida que lá se forma, mas sim os Logos ou Estrelas, seres que já evolucionaram em um Manvantara anterior e que agora prestam este elevado serviço.

É sobre a Hierarquia destes Seres, os Pais ou as Almas-Pais, que falaremos neste Artigo.

Todos temos, segundo Madame Blavatsky, o nosso Dhyâni-Buddha, Estrela ou Pai, que é o Ser que nos acompanha desde nossa diferenciação primeira, até o final de nossa evolução, que é a reintegração consciente em Deus.

Ao longo dos estudos esotéricos em uma autêntica Ordem Esotérica, o Estudante vai recebendo psiquicamente, pistas de quem seja a sua Alma-Pai; e, com dedicação e empenho, essa Alma-Pai poderá se revelar a ele, ainda nesta encarnação.

Sobre a Alma-Pai, escreve Madame Blavatsky, em A Doutrina Secreta II, Seção X do Apêndice, página 284, que abaixo transcrevo:

“Os Sete Filhos da Luz, são também chamados Estrelas.

A Estrela sob cuja influência nasce uma Entidade humana – reza o Ensinamento Oculto – permanece para sempre como a sua estrela durante todo o ciclo de suas encarnações em um Manvantara.

Mas esta não é a sua estrela Astrológica. A última diz respeito e se relaciona tão somente à Personalidade; a primeira, à Individualidade.

O Anjo desta Estrela, ou o Dhyâni-Buddha com ela relacionado, será o Anjo (diria, o Mestre) que guia, ou simplesmente o que preside, por assim dizer, cada novo renascimento da Mônada, que é parte de sua própria essência, ainda que o seu veículo, o homem possa ignorá-lo sempre.

Cada um dos Adeptos tem o seu Dhyâni-Buddha, a sua Alma-Gêmea mais velha, que ele conhece chamando-a Alma-Pai e Fogo-Pai.

Mas é só na última e suprema Iniciação que ele se vê face a face com sua Brilhante Imagem, e aprende a reconhecê-la.

Que conhecia Bulwer Lytton sobre este fato místico, quando, em um de seus momentos de mais elevada inspiração, descreve Zanoni em presença de seu Augoeides? ”.

O trecho de Zanoni, que trata de Augoeides a que Madame Blavatsky se refere, é o seguinte:

“Minha Alma, Ser Luminoso! Sublime Augoeides! Por que desces de tua esfera? Por que das alturas da Serenidade Eterna, estrelada, impassível, rejeitas a Ti mesma nas brumas do lúgubre sarcófago?” (Zanoni, Sir Edward Bulwer Lytton, página 140, publicado pela Ordem Rosacruz – Amorc).

Apesar de Mestre Zanoni referir-se à minha Alma, como sendo o Augoeides (ver Verbete Augoeides, no Glossário Teosófico), para Blavatsky a Alma Ou Eu Interior é a Tríade Atma-Buddhi-Manas, o Ego que reencarna, sendo que no presente Artigo referimo-nos ao Pai ou Alma-Pai, que são como viram acima, os Sete Raios, de onde provém as Monadas ou a Tríade Atma-Buddhi-Manas.

Como são apenas Sete Raios para Blavatsky (Raymond Bernard, em As Mansões Secretas da Rosacruz, dá a entender que são Doze Raios, daí serem Doze as Mansões Secretas), milhões de seres pertencem ao mesmo Raio, e tem por isto evoluções semelhantes, embora cada qual traga em si, ou seja em si mesmo uma Monada, ou seja, um Ego que reencarna, a Tríade Atma-Buddhi-Manas ou o Eu Interior da Ordem Rosacruz – Amorc.

Mestre Jesus sabia, e não poderia ser diferente, da doutrina acerca da Alma-Pai, ou seja, de que nós teríamos Pais diferentes, quando disse, em João 20, 17:

“Jesus lhe diz: Não me toques, pois ainda não subi ao Pai.

Vai, porém, a meus irmãos e dize-lhes: Subo a meu Pai e vosso Pai; a meu Deus e vosso Deus”.

Jesus excepciona na frase acima, quando ao contrário, se fosse um Único Pai, diria simplesmente, “Subo a nosso Pai”.

Assim, a Trindade seria a Alma-Pai; a Tríade Atma-Buddhi-Manas ou o Eu Interior da Amorc e o Quaternário Inferior (Manas Inferior, Prana, Linga-Sharira e corpo físico) ou Eu Objetivo da Amorc.


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