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Da Inconsciência à Maestria


Não aceito a doutrina, que melhor se diria, o dogma, da chamada Queda, mesmo defendido por Ordens Esotéricas.

O que aceito é a tese da evolução, do menos para o mais, da inconsciência para a consciência, para a Maestria ou Angelitude.

Assim não houve Queda, pois a descida na matéria, ao nível do corpo físico e a reencarnação, é uma etapa necessária.

Na esteira deste meu pensamento, apresento dois textos, um Rosacruz e um Teosófico, que a meu ver, deixam de lado Queda, Pecado Original e outros dogmas, com eles relacionados.

“O ciclo das existências inteligentes começa nos mundos ou planetas mais elevados. A expressão “mais elevados” significa aqui os mais perfeitos espiritualmente. Evoluindo a partir da matéria cósmica – que é Akasa, o meio plástico primordial, e não o secundário, que constitui o éter da Ciência, suspeitado instintivamente, porém, como o resto, não comprovado – o homem faz sua primeira aparição a partir dessa matéria no seu estado mais sublimado, surgindo no limiar da Eternidade como uma Entidade Etérea – não uma Entidade Espiritual, digamos - ; como um Espírito Planetário.

Ele está apenas a um passo da Essência Universal e Espiritual do Mundo, a Anima Mundi dos gregos, ou daquilo que a humanidade, em sua decadência espiritual, transformou degradantemente num mítico Deus pessoal.

Portanto, nessa etapa, o homem-espírito é, no máximo, um poder ativo, um princípio imutável, e portanto não-pensante (o termo imutável é novamente usado aqui para indicar este estado em caráter provisório; a imutabilidade só existe aqui em relação àquele princípio interno que se desvanecerá e desaparecerá logo que a centelha do material que existe no homem começar o seu trabalho cíclico de Evolução e transformação).

Na sua descida subsequente, e em proporção direta com o aumento da matéria, ele afirmará cada vez mais a sua atividade” (Mestre Koot Hoo Mi, em Cartas dos Mahatmas, Volume I, A. P. Sinnet, número 18, página 121/122, Editora Teosófica).

“Para nós, é comovente revelar a extraordinária engenhosidade de que o homem dá provas de reencontrar o estado original. Tudo foi, é e será eternamente em Deus. O homem está eternamente em seu Seio. Ele o foi, ignorante de si próprio, sem consciência de o ser, por assim dizer. O Fiat corresponde à sua primeira separação, isto é, a uma tomada de consciência e de individualidade, bem precária que o Verbo alarga em uma separação cada vez maior, até alcançar uma manifestação aparentemente independente que existe por si própria e se multiplica no esquecimento de suas origens e na nostalgia de um estado que acreditava perdido. Ao mesmo tempo, desenvolvia-se a consciência a uma percepção mais aguda, ainda que indefinida, de um inevitável retorno. O objetivo era, pois, pressentido. A suposta separação voltaria a ser unidade, mas uma unidade consciente, em que o estado original seria recobrado no conhecimento deste estado. Eis o objetivo da encarnação” (As Mansões Secretas da Rosacruz, Madri, Raymond Bernard, Ordem Rosacruz, Amorc).


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