A relação entre Planetas e Metais que daremos abaixo, pode ser encontrada em A Doutrina Secreta VI, Apontamento I e II, de Madame Blavatsky e, também é vista à página 26, de Símbolos Secretos dos Rosacruzes dos Séculos XVI e XVII.
Nos excertos que se seguem, todos do livro Mistérios Iniciáticos de Rudolf Steiner, tentaremos dar a visão de que os metais se originam dos Planetas e são absorvidos pelo nosso corpo Etérico, o duplo do corpo físico e acumulador de energia vital ou Prana.
Este ponto de vista explicou para mim, a razão dos planetas serem associados a metais e mesmo que esta relação possa ser contestada, devido a presença do Sol como sendo um Planeta, ainda assim resta a influência em si mesma, esteja ela relacionada ao recebimento do metal em si, que seria pelo corpo etérico ou a influências anímicas ou de caráter, que viriam das entidades espirituais que presidem o Planeta.
Isto posto, vamos à tese de Steiner:
“O chumbo é aquele metal cinzento que tem uma certa densidade e pode ser tocado com a mão. Esse mesmo chumbo que se encontra nos minérios plumbíferos da Terra existe também no espaço cósmico em diluição infinitesimal, e desempenha aí uma função significativa: irradia suas forças para os lugares onde aparentemente não há chumbo, e dessa maneira o ser humano entra em contato com ele, porém não pelo seu corpo físico, mas apenas com o corpo etérico. Pois fora os minérios plúmbicos, sua presença ocorre em tamanha diluição que só pode atuar sobre o corpo etérico; e isso acontece no caso dessa diluição infinita nesse espaço cósmico”.
“... Saturno é rico em chumbo. O chumbo é para Saturno o que o ferro é para a Terra”.
“... o discípulo era conduzido, por exemplo, nos verdadeiros Mistérios de Eleusis, a duas estátuas. Uma delas representava uma divindade paterna e estava rodeada de símbolos planetários e solares; representava, por exemplo, Saturno com seus raios, e isso de tal modo que o aluno se lembrava: Sim, essa é a radiação plúmbea do cosmos; do mesmo modo se lembrava diante dos símbolos da Lua: Sim, essa é a radiação de prata da Lua, e assim por diante para cada planeta”.
“Dizia-se então ao aluno: Vê, está aí diante de Ti o Pai do Cosmos, que em Saturno traz o chumbo; em Júpiter, o estanho; em Marte o ferro – afim à natureza da Terra, embora num estado bem diferente - ; no Sol o ouro em raios; em Vênus o cobre em fluxo radiante; em Mercúrio o mercúrio radiante; na Lua a prata radiante.
Tu conténs do elemento metálico o que conseguiste adquirir dos estados planetários anteriores da Terra. Do seu estado atual só podes assimilar o ferro. Mas como ser humano terrestre tu não és algo inteiro. A outra parte de ti, tu a tens naquilo que o Pai te apresenta nos metais que não podem existir dentro de ti; tu deves recebê-los hoje em dia do Cosmo; encontras no Pai a outra parte de ti, aquilo que tem passado pelas transformações planetárias da Terra. És um ser humano inteiro quando acrescentas essa outra parte” (citações extraídas de Mistérios Iniciáticos, Décima Palestra, Rudolf Steiner, Editora Antroposófica).