Carregando

O Acorde Místico


Este tema foi tratado por Leadbeater em A Vida Interna, mas para entendê-lo perfeitamente, alguns esclarecimentos preliminares são necessários.

Não há na Ordem Rosacruz, um conceito semelhante ao de Mônada da Teosofia. A Ordem Rosacruz avança até o conceito de Eu Interior, que é semelhante ao de Ego da Teosofia. A Teosofia divide o chamado Corpo Psíquico da Amorc, em Corpo Etérico, Astral e Mental. A Ordem Rosacruz fala sobre as funções desses corpos, e engloba-os sob o nome de Corpo Psíquico.

Igualmente não fala a Ordem Rosacruz sobre um possível corpo que o Eu Interior utiliza, mas a Teosofia chama este corpo de Corpo Causal, o único que não se desvanece entre uma encarnação e outra.

Que é a Mônada?

“A Mônada é a Centelha Divina, o Jiva, o Eu, o Raio do Logos (solar; acresço). Ainda que seja una em essência, penetra em todos os planos e regiões do ser e se encarna em todas as formas ao percorrer os arcos ascendente e descendente (evolução e involução). Contém em germe ou estado latente os atributos e poderes divinos, poderes que vão se manifestando em virtude das impressões nascidas do contato com os objetos do universo (sistema solar; acresço) com que a Mônada se relaciona (verbete Mônada, Glossário Teosófico).

“O conjunto de nosso sistema Solar é uma manifestação de seu Logos e cada partícula do sistema é parte definida de Seus veículos”.

“Este Logos contém em si Sete Logos Planetários, que são por assim dizer centro de energia no interior d’Ele; canais por onde se difunde a Sua energia”.

“Os corpos das Mônadas que originariamente emanaram através de um Logos Planetário continuarão durante toda a sua evolução tendo mais partículas daquele Logos do que de qualquer outro, e desta maneira se pode distinguir a que Logos Planetário pertence originariamente determinado ser humano” (três últimos excertos retirados do Capítulo XII, páginas 234/235, Os Mestres e a Senda, C. W. Leadbeater, Teosofia).

De posse de um conceito elementar de Mônada, podemos prosseguir na relação existente entre a Mônada, o Eu Interior ou Ego e a Personalidade ou Eu Objetivo.

“A correspondência entre a Mônada em sua relação com o Ego e o Ego em sua relação com a personalidade, permite uma amplificação um tanto maior. Como o Ego é tríplice, assim é a Mônada; os três constituintes da Mônada existem nos primeiros três planos do nosso sistema, isto é, Adi (divino, acresço), Anupadaka (Monádico) e Atma. No Plano Átmico a Mônada toma em si uma manifestação que chamamos a Mônada em sua vestidura átmica ou, às vezes, o tríplice Atma ou tríplice espírito. Isso é para a Mônada o que o Corpo Causal é para o Ego".

“Tal como o Ego toma três corpos inferiores – mental, astral e físico (o físico inclui o corpo etérico; acresço) – o primeiro dos quais, o mental, é a parte inferior de seu próprio plano, e o mais baixo, o físico, está dois planos abaixo, também a Mônada – vendo-a agora como o tríplice Atma ou espirito – toma três manifestações inferiores – Atma, Buddhi, Manas - , a primeira das quais é a parte inferior de seu próprio plano e a mais baixa fica dois planos abaixo”.

“Ver-se-á assim que o Corpo causal é para a Mônada o que o Corpo Físico é para o Ego” (três últimos excertos retirados do Capítulo XXXIII, páginas 244/245, O Corpo Causal e o Ego, Arthur E. Powell, Teosofia).

Podemos agora adentrar ao tema principal do Artigo, lembrando que quando Leadbeater se refere à Iniciação, faz alusão àquela magnífica experiência, a que todo místico aspira, devidamente conduzida por um Mestre, um Ser que completou sua evolução como humano.

“As diversas qualidades e forças humanas manifestam-se como vibrações nos corpos do homem e soam em cada veículo como uma nota chave. Mas existe um tom médio similar para cada corpo mental, para o corpo causal e até mesmo para a parte etérica do corpo físico, e nunca se encontraram duas pessoas cujas notas chaves fossem idênticas em todos esses níveis e soassem exatamente no mesmo acorde quando tocadas simultaneamente” (283).

“Assim, cada pessoa possui um acorde único que permite distingui-la sempre do resto do mundo” (283).

“A combinação de sons que produz o acorde do homem é seu verdadeiro nome oculto, e é nesse sentido que se diz que, quando o verdadeiro nome de alguém é chamado, ele responde imediatamente, onde quer que esteja” (284).

“Também se diz que o nome verdadeiro muda em cada Iniciação (acresci a maiúscula), uma vez que cada cerimônia dessas é ao mesmo tempo o reconhecimento oficial e o coroamento de um progresso que elevou o postulante, por assim dizer, a uma chave superior, colocando uma tensão a mais nas cordas de seu instrumento e evocando nele música bem mais esplendorosa, de modo que, de agora em diante, seu acorde deve soar algo diferente” (284).

“Esse nome não deve ser confundido com o nome oculto do Augoeides, porque esse outro acorde é produzido pelas vibrações dos átomos mental, búdico e átmico, os três princípios do Ego (do Eu Interior; acresço), e a Mônada por trás deles” (284).

Últimos excertos retirados do Capítulo 9, páginas 283/284, A Vida Interna, C. W. Leadbeater, Teosofia.

Esperamos ter demonstrado que o nome oculto a que nos referimos, é o produzido pelas vibrações dos corpos etérico, astral e mental, unidos à vibração do corpo Causal do Ego.


 Recomende este artigo
Indique para um amigo


Aguarde...






Livro - O Sol dos Rosacruzes

Todos Direitos Reservados © 2024