Estávamos no final de mais um verão. No meu país, Brasil, tivemos mais um dia quente, que foi amenizado por uma chuva rápida, por volta das dezesseis horas (04:00 PM) da tarde.
Quando o sol já estava quase se pondo, sai a caminhar pelas ruas de minha cidade. O sol ainda não se ocultara totalmente, e na serra vizinha, esforçava-se para continuar brilhando, sendo que seus raios passavam pela nuvem escura que tentava contê-los e irradiavam-se em jatos de luz paralelos, em um bonito espetáculo.
Uma brisa suave tocava minha pele, refrescando-a.
Enquanto caminhava, senti todo o dom da vida gritar dentro de mim, querendo que eu entendesse como a vida é boa e gratificante, quanto foi bom termos sido criados e quanto deveríamos reverenciar a origem Desconhecida do universo.
Vida. Nem bem, nem mal, apenas vida. Fluindo nos sorriso, nos abraços, nos desentendimentos, nas saudades. Vida.
Entendo que devemos aperfeiçoar o uso da energia que foi posta à nossa disposição, sem, contudo deixarmos de viver. O uso racional e o correto direcionamento dessa energia, mesmo no plano físico, não sinto como um impedimento à evolução, ou à tomada de consciência.
Penso que o Criador não nos criou para que deixássemos de ser, ou para que deixássemos de amar a vida.
Aprenderemos a usar corpos mais sutis, deixaremos de reencarnar ou de nos ligarmos a corpos físicos, mas seja em que nível vibratório nos capacitarmos para atuar, ainda assim será Vida.
Louvemos o dom da Vida.
Os homens são deuses mortais,
Os deuses são homens imortais.
(A visão de Hermes, Os Grandes Iniciados, Édouard Schuré).